sábado, 5 de maio de 2012

Seguindo....
Nos perguntam frequentemente como conseguimos dar um acabamento tão fino e delicado em nossas peças, como conseguimos que fiquem com aquela textura tão viva, respondemos: " Muito carinho, dedicação e profissionalismo."
Sim, todos imaginam que trabalhar com uma materia-prima não tão "nobre" como o gesso seja fácil, na verdade é, contudo para obter um resultado como os das nossas peças, somente com muito estudo, trabalho e trabalho!!!
Mais um Orixá pra vocês...

EXÚ
 Orixá Princípio de Movimento e Interligação !!!

O Mensageiro dos Orixás!!!

Exú pode ser o mais benevolente dos Orixás se é tratado com consideração e generosidade.

O ARQUÉTIPO DE EXÚ

Os filhos de Exú possuem um caráter ambivalente, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e ficam muito contrariadas. As pessoas de Exú não têm paradeiro, gostam de viagens, de andar na rua, de passear, de jogos e bebidas.

Quase sempre estão envolvidas em intrigas e confusões. Guardam rancor com facilidade e não aceitam ser vencidas. Por isso para ter-se um amigo ou filho de Exú é preciso que se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele.

A Lenda

Conta a lenda que houve uma demanda entre Exú e Oxalá para que pudesse saberquem era o mais forte e respeitado, e foi aí que Oxalá provou a sua superioridade pois, durante o combate, Oxalá apoderou-se da cabaça de Exú a qual continha o seu poder mágico transformando-o assim em seu servo.

Oxalá então permitiria que Exú a partir de então recebesse todas as oferendas e sacrifícios em primeiro lugar. A Importância de Exú é
fundamental, uma vez que ele possui o privilégio de receber todas as oferendas e obrigações em primeiro lugar, nenhuma obrigação deve ser feita sem primeiro saudar a Exú.

É o dono de todas as encruzilhadas e caminhos, é o homem da rua, quem guarda a porta e o portão de nossas casas, quem tranca, destranca e movimenta os mercados, os negócios, etc. Exú também nos confirma tudo no jogo de IFÁ (Búzios).




Dia lindo, Sol brilhando lá fora, céu de brigadeiro...outono na nossa terra, o famoso veranico de Maio, coisa boa ainda poder identificar as mudanças de clima e relembrar que há alguns anos também aproveitamos um dia de Sol pra sair com a familia, ou só pra dar uma lagartiada mesmo..rsrsrsr...e como é bom saber que ainda existe o Veranico de Maio!!!!
 Seguindo as postagens dos Orixás...

OGUM


ORIXÁ da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia.


Em muitas lendas aparece como irmão de Oxósse e Exú. Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção.

Depois de Exú é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a terça-feira.

Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc.

É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores.
O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OGUM

Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções.

São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.

OGUM — Orixá das Guerras e da Tecnologia !!!

Lenda


Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé.

Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê. Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias. Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê Irê - "Ogum das sete partes de Irê".

Ogum matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! - "Ogum Rei de Irê!"

Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, "akorô". Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô - "Ogum dono da pequena coroa".

Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede.

Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma.

Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.

 




quarta-feira, 2 de maio de 2012

Boas Tardes!!!
Nada como iniciar a semana depois de um feriadão..srsrsr, não para vocês, mas o meu foi bom, restaurador, revitalizador, encontrei pessoas queridas que estavam afastadas a bastante tempo, conheci o filho de um amigo de infância e percebi que de nada vale a vida se nela não encontrarmos motivos para sorrir, achar graça de coisas bobas e de vez enquando, cometer algumas loucurinhas..rsrsr, gente, a vida foi feita para ser vivida e colocada numa planilha de excel.
Como amomos o que fazemos, e nosso ramo é arte religiosa, postaremos mais algumas fotos de nossas esculturas de Orixás...para os apreciadores, para os curiosos, para os entendidos e para os irmãos de fé!!

OXAGUIÃ
Oxaguiã, também conhecido como Ajagunã, é o conflito que antecede a paz; a revolução que antecede as transformações profundas; a instabilidade necessária ao dinamismo da vida e da sociedade e a busca do conhecimento. Por isso é compreendido como Oxalá moço, enquanto a paz, a tranqüilidade, a estabilidade, a sabedoria são compreendidos como Oxalá velho, Oxalufã. Ele é também guerreiro, e sente prazer em destruir para q o novo se estabeleça.

Um dos mitos diz que Oxaguiã nasceu apenas de Obatalá. Não teve mãe. Nasceu dentro de uma concha de caramujo. E quando nasceu, não tinha cabeça, por isso perambulava pelo mundo, sem sentido.

Um dia encontrou Ori numa estrada e este lhe deu uma cabeça feita de inhame pilado, branca. Apesar de feliz com sua cabeça. ela esquentava muito, e quando esquentava Oxaguiã criava mais conflitos. E sofria muito. Foi quando um dia encontrou a morte (iku), que lhe ofereceu uma cabeça fria. Apesar do medo que sentia, o calor era insuportável, e ele acabou aceitando a cabeça preta que a morte lhe deu. Mas essa cabeça era dolorida e fria demais. Oxaguiã ficou triste, porque a morte com sua frieza estava o tempo todo acompanhando o orixá. Foi então que Ogum apareceu e deu sua espada para Oxaguiã, que espantou Iku. Ogum também tentou arrancar a cabeça preta de cima da cabeça de inhame, mas tanto apertou que as duas se fundiram e Oxaguiã ficou com a cabeça azul, agora equilibrada e sem problemas.

A partir deste dia ele e Ogum andam juntos transformando o mundo. Oxaguiã depositando o conflito de idéias e valores que mudam o mundo e Ogum fornecendo os meios para a transformação, seja a tecnologia ou a guerra.
Cor: Branca e azul
Numero 4
Comida: Inhame pilado
Dia da semana: sexta-feira
Saudação: Exeuê, babá!, Epa Babá!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Bom dia ao amigos de bem!!!
Quero fazer algumas perguntas aos leitores; você sabe me dizer quando algo ou alguma coisa se torna uma representação artística?Ou sabe me dizer quando alguma coisa deixa de ser um...artesanato e se torna arte?Existe algum parametro para definir isto?
Perguntas e mais perguntas sem respostas, talvez elas nem tenham uma resposta mesmo, mas elas não saem da minha cabeça e querem saber porque? Porque ontem tive a prova real que o senso comum e nesse senso me incluo, definitivamente só vê o valor econômico da coisas, a beleza, a interpretação, a plasticidade, a emoção que uma peça de arte transmite é relegada ao décimo plano no momento de uma avaliação....mas a caravana não pára e jamais vai parar e vamos seguir postando imagens de nossas peças e espero que possam apreciar.
Hoje vamos postar sobr o Rei dos Reis, o mais Poderosos entre os Poderosos...Xangô!!!!

DIA: Quarta-Feira
CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
COMIDA: Amalá
SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos), Edún-Àrá, xerê
ELEMENTOS: Fogo (grandes chamas, raios), formações rochosas.
DOMÍNOS: Poder estatal, justiça, questões jurídicas.
SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!
Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade paciente e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.

O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflecte a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua rectidão e honestidade superam o seu carácter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.
Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.

Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de “flirt” de Xangô?

Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.
Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.

A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.

Características dos filhos de Xangô
É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é quase sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado. Há também os magros e muito elegantes.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, em seu lado negativo, pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado por amigos, auxiliares, no caso de governantes, empresários, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.
cada uma das peças da linha Orixás 23cm custa R$ 39,00 é só entrar em contato e fazer sua encomenda.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Enfim, um post...rsrsrsr, pedimos desculpas por não estarmos atualizando nosso blog tanto quanto gostaríamos, estamos com bastante trabalho e as vezes os momentos que sobram, ou as poucas horas que sobram são para o merecido sono.
Mas chega de blá blá blá...vamos para as novidades!!!Simmmm...temos muitas novidades para vocês, contamos agora com uma linha completa de Orixás que ficaram lindíssimas com nossa arte. Nosso atelier é especializado em arte religiosa em geral, contudo escrevo com carinho especial sobre os Orixás, ver a transformação da peça crua, bruta, quase sem forma em sua perfeita representação em nosso mundo é de emocionar.
Vamos postar as fotos e um breve histórico de cada Orixá...acredito que cada um irá se identificar com algum deles, assim como um espelho sabem?!É uma identificação natural, como um amigo..aquele que nem sabemos o porquê mas está guardado no lado esquerdo do peito, enfim, espero que gostem, pois foram e são feitos com muito carinho e dedicação. Aproveitem!!!




NANÃ


A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos. 
O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. Mãe de Omolu e Oxumare, os abandonou. 
É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios, seu dia é o sábado. 
Sua saudação é SALÚBA ! 


LENDA
Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, Oxalá tentou vários caminhos. 
Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. 
Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixás povoou a Terra. 
Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. 
Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu. 


sexta-feira, 23 de março de 2012

O lençol e a alma



Todos nós já tivemos alguma surpresa bem desagradável com alguma roupa branca, não e verdade? Um pingo de mofo, de café, um amarelado, uma mancha...
Da mesma forma, todo mundo já teve um momento que parou, pensou sobre seu próprio ser e disse: "isso não tá legal!".
Nossa alma é como um lençol... Branco, alvo e que dá gosto. Sabe aquele tecido que te faz bem? Que tu gosta de mexer? Que te agrada mais? Nossa alma é como ele.
Só que nós, humanos ainda imperfeitos (demais) temos uma série de sujeirinhas que vão se acumulando e vão sujando esse tecido.
Mentira, inveja, orgulho, preguiça, falsidade... São como aquele pó que se levanta da estrada de chão seca há muito tempo. E sua alma é um tecido molhado.
Se você a deixar no escuro, sem a luz da verdade e o brilho desse sol chamado "Caridade", ela vai mofar. E tecido mofado não é bem assim de limpar.


Se você a deixar encardir com a poeira do orgulho ou com o barro do desprezo, vai ter que cansar os braços pra esfregar esse enorme lençol. E haja sinceridade pra lavar tudo! E você vai ter que torcer e estender sob a LUZ da humildade.
E aqueles dias que a gente vem com a mão suja, louco pra lavar ou passar no primeiro pedaço de pano que surgir pela frente?
Agora imagina uma mão suja de egoísmo, de preguiça se apossando do seu lençol. Imagine a sua mão sujando seu lençol.
Aí aquele detergente chamado Arrependimento, será que tem bastante? Aquele sabão em pó chamado Confiança tem em casa? Aquele produtinho maravilhoso e milagroso chamado Fé, tem quando mais precisa?


Todo ser humano é feito de falhas, erros e medo. Mas nós temos a obrigação de buscar o certo, se desprender dos velhos vícios e acreditar. Acreditar que temos que dar o melhor a cada momento. Que o nosso lençol tem que estar limpo, pois aquela visita chamada "Caboclo", aquela amiguinho do nosso filho, aqueeele, o "Cosminho" ou o nosso avô  "Preto-velho" podem aparecer a qualquer momento. E ninguém merece ter que usar um lençol sujo.


//Mateus de Oxalá.